O baixo-barítono Laurence Meikle tem ganho reconhecimento internacional no mundo da ópera e dos concertos. Laurence começou sua carreira aos 22 anos na Sydney Opera House, com a Opera Australia, em papéis como Masetto em Don Giovanni, Angelotti em Tosca, Guglielmo em Così fan tutti e Colline em La Bohème. Continuou a sua carreira artística nos principais teatros australianos, antes de aprofundar os seus estudos na Royal Academy of Music de Londres, onde obteve o prémio Opera Rara Bel Canto Prize.
Ainda enquanto estava no Reino Unido, cantando com a Opera Holland Park, a Grange Park Opera e no London Handel Festival, assinou um contrato com o Deutsches Nationaltheater und Staatskapelle Weimar. Nesse período, o seu repertório contou com 27 novos papéis, entre os quais se destacam o papel principal em Don Giovanni, Figaro em Le Nozze di Figaro, Elmiro em Otello de Rossini, Astolfo em Orlando Furioso de Vivaldi, Colline em La Bohème (que interpretou mais de 90 vezes), Escamillo em Carmen, Hércules em Il Giasone di Cavalli, Hobson em Peter Grimes, Aeneas em Dido e Aeneas, e o papel principal em Saul de Handel. Durante este tempo, actuou também com as companhias de ópera de Theatre Erfurt, Theatre Nordhusen, Landestheater Altenburg e Bühnen der Stadt Gera.
Como cantor de concerto, apresentou regularmente as principais obras para baixo-barítono, como o Messias de Handel, o Requiem de Mozart, também as Missas em Dó menor e da Coroação, a Missa Nelson de Haydn, as missas de Requiem de Duruflé e Fauré, Elijah de Mendelssohn, Stabat Mater de Dvorak, Stabat Mater e Petite Messe Sollenelle de Rossini, Ein Deutsches Reqieum de Brahms e outras obras de Vivaldi, Schubert, Mozart e, claro, as principais obras de Bach. De entre outras obras notáveis em concertos com orquestra, destacam-se Des Knaben Wunderhorn e Rückert Lieder de Mahler, Seadrift de Delius, Five Mystical Songs de Vaughan Williams e L’enfance du Christ de Berlioz, em locais como o Wigmore Hall, Royal Albert Hall e Cadogan Hall em Londres, na Sydney Opera House, e no Mozarteum em Salzburg, com, por exemplo, a Royal Scottish National Orchestra, os London Handel Players, a Orquestra Gulbenkian, Staatskapelle Weimar, English Chamber Orchestra e English Concert Orchestra.
Nos últimos anos colaborou com os maestros Sir Charles Mackerras, Fabio Luisi, Richard Bonynge, Bruno Campanella, Diego Fasolis, Stefano Ranzani, Dame Jane Glover, Renato Palumbo, Stefano Montanari, Donato Renzetti e Richard Hickox. Como músico de câmara, focou-se em obras de Schumann, Schubert, Mahler, bem como em nova música, colaborando com pianistas como Aura Go, Malcolm Martineau, Christopher Glynn, e Piers Lane.
A carreira de Laurence em Itália começou em 2017, quando cantou Guglielmo in Cosi fan tuttì com Fabio Luisi para o Festival Valle d’Itria. Estreou-se no Teatro di San Carlo em Nápoles no papel de Osmin em Die Entführung aus dem Serail, seguido de Zuniga em Carmen no Teatro delle Muse Ancona. Fabio Luisi convidou-o a voltar ao Festival do Valle d’Itria em 2018 no papel principal de Belmonte em Margherita d’Anjou de Meyerbeer, e a cantar numa série de concertos de Vivaldi com Diego Fasolis e I Barocchisti, enquanto era cover de Astolfo em Orlando Furioso.
Entre 2018 e 2019, Laurence voltou ao Teatro San Carlo em vários papéis, incluindo Colline em La Bohème, Faraone in Mosè in Egitto di Rossini, Portye em Lady Macbeth do distrito de Mtsensk e Grenville em La Traviata, ao lado do Leo Nucci. Para abrir a temporada 2019-2020, Laurence cantou o papel principal em Don Giovanni para o Teatro Sociale di Rovigo, tendo após isso cantado novamente Colline em La Bohème, e Sam em Un Ballo in Maschera com Donato Renzetti, ambos no Teatro di San Carlo. Foi também solista no Requiem de Mozart para o Teatro Carlo Felice de Genova.
Durante o período da pandemia, Laurence lançou um disco com o Concerto Classics, The Complete Psalms of Benedetto Marcello com o Ensemble Salomone Rossi, participou num concerto de La Rondine de Puccini no Teatro San Carlo em Nápoles, e continuou a apresentar-se em música de câmara, com obras como Schwannengesang de Schubert, e Dichterliebe de Schumann.
Em Portugal, apresentou-se como solista com a Orquestra Gulbenkian, e também no Festival Marvão, em recitais para a Antena 2, na Fundação Museu do Oriente, no Festival Artis XXI, e regressará este verão ao Festival de Marvão.
Os principais professores de Laurence foram Ryland Davies e Tom Krause, e trabalhou extensivamente com cantores notáveis, nomeadamente Sir John Tomlinson, Ruggiero Raimondi, Josè Carreras, Sir Thomas Allen e Dame Kiri te Kanawa. Desde 2019 Laurence é aluno do Maestro Fernando Cordeiro Opa.